quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Pessoas que cativaram o mundo: Charles Chaplin





  " Pensamos demasiadamente.

Sentimos muito pouco.

Necessitamos de mais humildade 

que de máquinas.

 Mais de bondade e ternura que de 

inteligência.

Sem isso, a vida se tornará violenta 

e tudo se perderá. "

 (Charles Chaplin)


Charles Spencer Chaplin (1889-1977), mais conhecido como Charles Chaplin ou como Carlitos- nome do seu imortal personagem- está sendo reconhecido pelo Grupo CativAção como uma pessoa que cativou todo o mundo. Ele utilizou a arte como meio para transmitir os seus ideais e suas verdadeiras lições de vida. 

A biografia deste ícone da sétima arte é tão vasta quanto a sua sabedoria e determinação. Além de ator, Chaplin também era escritor, cantor, dançarino, comediante, diretor, roteirista, empresário e produtor. Alguns dos títulos de seus muitos filmes são: O vagabundo, Luzes da Cidade, O garoto, O Grande Ditador e Tempos Modernos.

Utilizando como referência para mostrar seu forte papel social, nos detemos ao clássico intitulado de Tempos Modernos, escrito, dirigido e estrelado pelo próprio Chaplin e lançado em 1936. Nesse filme é absolutamente nítida a intenção de Chaplin em demonstrar sua opinião sobre a sociedade da época, marcada pela industrialização e pela grande crise sofrida pelo Estados Unidos em 1929 (Crash).   


O filme começa com várias imagens metafóricas. O grande relógio pode estar significando a importância que o tempo exerce nessa sociedade industrializada. Nesse caso, a expressão “tempo é dinheiro” pode exemplificar bem o que ele pode ter desejado dizer. A visão dos empresários acerca dos operários era traduzida por produção, prazos a serem cumpridos e rendimento máximo. Não havia qualidade de vida na classe trabalhadora, os direitos não eram respeitados, não havia tempo para comer ou descansar, sendo tudo isso criticado de forma mascarada pela comédia. A imagem de um rebanho de ovelhas que por fim acaba se transformando em trabalhadores pode significar que cada um não passa de um número, que são pessoas sem sonhos ou perspectivas, que caminham automaticamente e muitas vezes sem rumo. Não é certeza afirmar que haja relação, mas, após a estreia do filme houve aumento dos movimentos trabalhistas. 

“Tempos Modernos fala sobre a busca da felicidade...”

A frase acima inicia o filme, e, a partir dela pode-se interpretar que a intenção de Chaplin era a de fazer críticas, mas que, antes de tudo, queria instigar nas pessoas a esperança e o desejo pela busca da felicidade, bem como a perseverança por encontrá-la diante das dificuldades. Essa lição também pode ser percebida durante todo o restante da trama. Cada cena fatídica sofrida pelos personagens principais (Carlitos e a jovem órfã - seu par romântico), como as prisões, fome, desamparo, assassinato e desemprego possui teor crítico camuflado entre os risos proporcionados pelo atrapalhado Carlitos.

Além da sensação de felicidade proporcionada pelos risos, mesmo diante de dificuldades, Carlitos ainda nos mostra essa mesma ideia de superação a partir das atitudes dos próprios personagens frente às reviravoltas da vida. A cada decepção, uma nova esperança surge e eles novamente se põem a driblar e equilibrar as situações visando vencer mais um desafio.

O filme começa com a supracitada lição de vida, se desenrola misturando diversão, responsabilidade social e criticidade e não termina de forma diferente.  Na sua última cena, a garota se mostra desanimada após outra frustração quando, enfim, tudo começava a ir bem, mas, Carlitos encerra estimulando-a para que sorria e terminam andando de mãos dadas em uma estrada... Estaria a humanidade disposta a trilhar melhores caminhos? A interpretação fica com você.


Texto por: Adrieele Rodrigues  


 Vídeo Sugerido:
Tempos Modernos - O filme