A
família é a maneira pela qual o ser humano é inserido no mundo. Um núcleo de
convivência, unido por laços afetivos, que costuma compartilhar uma mesma
moradia. Em contrapartida, esta convivência pode ser de forma prazerosa ou não.
A morada sobre o mesmo teto, a depender das partes envolvidas, ela pode ser um
centro de referência, onde se busca e se vivencia o amor, ou... Um mero
alojamento.
Inserido neste contexto de família encontra-se a chamada “Convivência em Família”, onde pessoas unidas sobre laços de parentesco e, possivelmente afetivos, se relacionam e se devem respeito. Quando uma família não consegue manter um certo equilíbrio nesta Convivência em Família surgem algumas divergências e levam a um estado de crise. Por vezes estas crises afetam as partes mais frágeis, os idosos.
A
família é o meio natural de inserção do ser humano. Quando há deficiência ou
rompimento dessa inserção, o idoso vive uma situação de não pertencimento,
sente-se, desvalorizado, ignorado, excluído. O idoso, então depende apenas de
sua família como forma de manutenção destas relações e das possibilidades de
evitar o isolamento.
Como dito
antes, a família é a aliança através da qual o ser humano é gradativamente
inserido no mundo, ela representa a conexão do indivíduo com a convivência em
sociedade e carrega valores que sustentam essa relação do “estar junto”. A
família pode ser uma solução para evitar o sentimento de abandono, mas não garante
necessariamente que esse sentimento não exista. Pelo contrário, depende dos
vínculos estabelecidos ao longo da vida e da força dessas relações.
À medida
que a idade avança, existe uma progressiva perda de recursos físicos, mentais e
sociais, a qual tende a despertar sentimentos de desamparo. A velhice parece
deixar o indivíduo impotente, indefeso, fragilizado para tomar suas próprias
decisões, para enfrentar seus problemas, o cotidiano, não só diante dos
familiares, mas também da sociedade como um todo. Sendo assim, o idoso tem sido
visto como uma pessoa improdutiva, ultrapassada, e pouco se tem feito para
recuperar sua identidade e elevar sua auto-estima. Além disso, nem sempre é
amparado pelos familiares e, muitas vezes, são obrigados a morar em asilos ou
albergues, forçados a viverem isolados, na solidão, longe de parentes e amigos.
Os
abrigos têm como principal objetivo o apoio ao idoso carente de preferência o
idoso que, muitas vezes não tem família ou tem dificuldade com a relação
familiar, procurando resgatar a dignidade, valor pessoal, em respeito a sua
cultura, religião e sua forma de encarar o dia-a-dia.
Texto por: Pablo Carvalho
Texto por: Pablo Carvalho
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Idoso e solidão
Reportagem sobre Idosos abandonados do JN
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