Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de
1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares. A data foi
estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de
2003 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htm)
Representando a cultura e a luta do povo africano na
formação do cenário cultural brasileiro, a homenagem a Zumbi foi mais
do que justa, pois esta pessoa notável e histórica representou a luta do
negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial.
Existem
várias entidades que buscam resgatar e valorizar parte da cultura afro
perdida e reprimida da época, dentre elas a que mais se destaca é o
Movimento Negro (MN), que é o nome genérico ao conjunto dos diversos
movimentos sociais afro-brasileiros, particularmente aqueles surgidos a
partir da redemocratização pós-Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro
e São Paulo. (Vários sites e blogs expõem assuntos relacionados à
temática, como: http://mnu.blogspot.com/).
No Brasil, os negros
correspondem a 6,8% da população e segundo o IBGE os chamados "pardos"
chegam a um número próximo da metade da população brasileira, mostrando
que grande parte não só da nossa genética, mas do nosso patrimônio
cultural, advém da cultura negra. Porém a consciência de uma parte dos
brasileiros não condiz com essa estatística, pois mesmo depois de 123
anos da abolição da escravidão, o país ainda vive sobre o preconceito
colonial adquirido na formação de exploração em que o nosso “Brasil, um
país de todos” foi incorporado.
Já está na hora da população
aprender a respeitar, valorizar e contribuir para a inserção da cultura
negra ao seu devido lugar que é na história do Brasil. Como diz Oswaldo
de Oliveira Santos Junior, pesquisador do Núcleo de Educação em Direitos
Humanos da Universidade Metodista de São Paulo: "Revelar a África pela
própria visão africana também surte efeito. O continente produz
cultura, histórias e mitologia, o que a perspectiva eurocêntrica não nos
deixa ver".
Poema Consciência Negra |
Sou a alma que ontem nasceu no mundo.
Sou filha da África, Dos olhos de pérolas, Do sorriso de marfim, Dos sons dos atabaques em noite de luar, Da roda de capoeira, Do jongo ao maculelê. Sou da raça que irradia perfume de alegria. Sou semente da história humana, De vida apesar de tanta dor. Dos canaviais e senzalas, Das mãos calejadas, exploradas e injustiçadas. Podem tirar a minha vida, Menos o direito de sonhar, De ter esperança... De lutar por dignidade e respeito, Nem que seja em grito mudo, Clamando por igualdade e justiça, E de acreditar num amanhã melhor. |
Sarah Janaína Leibovitch |
DIGA NÃO AO RACISMO E SIM À VALORIZAÇÃO
DA CULTURA E DO POVO
NEGRO.
Texto por: Priscila Torres
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