sábado, 7 de abril de 2012

Doença de Parkinson, um fator também psicológico

A Doença de Parkinson ou normalmente chamada de Mal de Parkinson, é uma das doenças neurológicas mais comuns e intrigantes dos dias de hoje. É uma doença que atinge todos os grupos étnicos e classes socioeconômicas. Estima-se uma prevalência de 100 a 200 casos por 100.000 habitantes. Sua incidência e prevalência aumentam com a idade. A prevalência da Doença de Parkinson no Brasil não é conhecida, segundo alega o Ministério da Saúde. 


Do ponto de vista patológico, O Parkinson é uma doença degenerativa caracterizada por morte de neurônios responsáveis pela estabilização dos movimentos do corpo. As manifestações clínicas da doença incluem tremor de repouso, movimentos vagarosos, anormalidades posturais e sintomas não motores como depressão, alterações cognitivas, e alterações da qualidade da voz. Como é uma doença progressiva, que usualmente acarreta incapacidade severa após anos, o impacto social e financeiro é elevado, particularmente na população mais idosa.

Como a Doença de Parkinson é uma enfermidade incurável e degenerativa, todo o tratamento visa a melhorar seus sintomas e retardar sua progressão. O tratamento estabelecido dependerá da condição em que se encontra o paciente e em que estágio se encontra. Além do tratamento farmacológico, é necessário acompanhamento de outros profissionais, como psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas e de um médico neurologista. Assim, forma-se um tratamento multidisciplinar, que ajudará os portadores a manterem uma melhor condição de vida. 

Os comprometimentos físico, mental, social e econômico associados aos sinais e sintomas da Doença de Parkinson podem provocar isolamento do indivíduo e pouca participação na vida social, fazendo com que ele se revolte com sua incapacidade. É importante que a família entenda e reflita sobre as dificuldades e limitações que o parkinsoniano terá que enfrentar quando a doença estiver instalada. 

Os fatores psicológicos têm forte influência na descoberta e tratamento do Parkinson, tanto para o parkinsoniano quanto para os familiares e cuidadores, pois influencia diretamente sobre o tratamento. O diagnóstico da doença de Parkinson é um trauma muito forte para o portador, pois além de aprender a lidar com os aspectos físicos da doença, deve estar preparado emocionalmente para o rotineiro tratamento da doença. É comum pessoas com a doença entrarem em conflitos emocionais com seu mal e em constantes fases de depressão. 

Comumente, a depressão esta associada à Doença de Parkinson e geralmente se hospeda no inicio da doença e reaparece no seu fim. Cerca de 40% dos portadores de Parkinson entram em depressão. Quando passa o estado inicial da doença e aumenta o comprometimento físico do portador, a depressão tende a progredir. O acompanhamento psicológico, além dos demais tratamentos oferecidos para a doença, tem se mostrado muito importante para o parkinsoniano, pois fatores como a ansiedade, entendimento e aceitação da doença são trabalhados junto com a pessoa acometida com a doença. 

Procurar, pesquisar e entender mais sobre a doença ajuda muito a pessoa que se contra com a Doença de Parkinson, pois, mesmo com o avanço na tecnologia trazendo resultados positivos para o tratamento e ate uma possível cura do Parkinson, é necessário que se tenha um conhecimento da doença e assim uma compreensão maior do que se passa com aquela pessoa que se encontra diagnosticada com Parkinson. Numa sociedade de consumo frenético em que nos encontramos, ao esbarrarmos com essas pessoas, tendemos a coloca-las de lado ou assumir uma postura de pena. 

Assim como qualquer outro, o parkinsoniano é uma pessoa normal que também tem sentimento e desejos, mas que por conta da sua condição patológica, enfrenta algumas dificuldades. Com respeito e compreensão, vamos ajuda-los a enfrentar essa nova fase da vida.

Autor: Will Melo

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