Todo o homem tem
direito à vida, ou seja, o direito de viver e não apenas isso, tem o direito de
uma vida plena e digna, respeito aos seus valores e necessidades. Assim diz a
Constituição Federal quando se refere ao direito a vida e o direito da
personalidade onde é garantido o reconhecimento de valores inerentes à pessoa
humana imprescindíveis ao desenvolvimento de suas potencialidades físicas,
psíquicas e morais, tais como, inclusive, a vida, a incolumidade (isenção de perigo) física e psíquica, o
próprio corpo, o nome, a imagem, a honra, a privacidade, entre outros...
Mas, sem dúvidas, você já andou pelas ruas da sua
cidade e deparou-se com pessoas dormindo nas calçadas, pedindo esmolas, sujas
ou fazendo/vendendo algo para receber alguns trocados. Controverso não?
O
crescimento da população de rua é registrado em todo o país e não há políticas públicas que atendam à demanda desse setor. No
Brasil, estima-se que há mais de 60 mil moradores de rua vivendo em condições
subumanas e o problema é ainda mais agravante quando levamos esse número para a
saúde pública onde estes (moradores de rua), devido às péssimas condições de
moradia e qualidade de vida, estão sujeitos a adquirirem diversas complicações
à saúde. Outro agravante é a total falta de respeito e ignorância de
pessoas que rotulam os moradores de rua dentro das esferas de criminalização e
do preconceito. Mas, que motivos levam uma pessoa a ir morar na rua?
Os
motivos são vários: briga familiar, vícios, desvios comportamentais, opção
própria e, entretanto, o principal, questões econômicas. Para aqueles que
passam pela rua, apressados, com seus afazeres e destinos variados, ouvir um
pedido de esmola é o mesmo que ser insultado. E pedir esmola é, quase sempre, a
única opção que resta para aqueles que possuem apenas a roupa do corpo e, às
vezes, os seus documentos.
"A morte não causa mais espanto.
Miséria é miséria em qualquer canto... Riquezas são diferentes..."
Miséria é miséria em qualquer canto... Riquezas são diferentes..."
Titãs
De
fato, a desigualdade social no país não é algo novo e a solução parece não
existir. Porém, este cenário não acusa apenas à ausência de políticas públicas
que envolvam os moradores de rua na tentativa de dar-lhes uma vida digna, mas
da consciência de que se trata, também, de um problema social onde nos cabe
avaliar de forma mais consistente partindo de uma visão menos preconceituosa e
mais estratégica para melhorar este quadro no intuito de, com essas ações,
sermos mais humanos.
Texto por: Pablo Carvalho
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