domingo, 22 de abril de 2012

Morador de rua: o último a dormir apaga a lua



Todo o homem tem direito à vida, ou seja, o direito de viver e não apenas isso, tem o direito de uma vida plena e digna, respeito aos seus valores e necessidades. Assim diz a Constituição Federal quando se refere ao direito a vida e o direito da personalidade onde é garantido o reconhecimento de valores inerentes à pessoa humana imprescindíveis ao desenvolvimento de suas potencialidades físicas, psíquicas e morais, tais como, inclusive, a vida, a incolumidade (isenção de perigo) física e psíquica, o próprio corpo, o nome, a imagem, a honra, a privacidade, entre outros... Mas, sem dúvidas, você já andou pelas ruas da sua cidade e deparou-se com pessoas dormindo nas calçadas, pedindo esmolas, sujas ou fazendo/vendendo algo para receber alguns trocados. Controverso não?

O crescimento da população de rua é registrado em todo o país e não há políticas públicas que atendam à demanda desse setor. No Brasil, estima-se que há mais de 60 mil moradores de rua vivendo em condições subumanas e o problema é ainda mais agravante quando levamos esse número para a saúde pública onde estes (moradores de rua), devido às péssimas condições de moradia e qualidade de vida, estão sujeitos a adquirirem diversas complicações à saúde. Outro agravante é a total falta de respeito e ignorância de pessoas que rotulam os moradores de rua dentro das esferas de criminalização e do preconceito. Mas, que motivos levam uma pessoa a ir morar na rua?

Os motivos são vários: briga familiar, vícios, desvios comportamentais, opção própria e, entretanto, o principal, questões econômicas. Para aqueles que passam pela rua, apressados, com seus afazeres e destinos variados, ouvir um pedido de esmola é o mesmo que ser insultado. E pedir esmola é, quase sempre, a única opção que resta para aqueles que possuem apenas a roupa do corpo e, às vezes, os seus documentos. 

"A morte não causa mais espanto. 
Miséria é miséria em qualquer canto... Riquezas são diferentes..." 
Titãs

De fato, a desigualdade social no país não é algo novo e a solução parece não existir. Porém, este cenário não acusa apenas à ausência de políticas públicas que envolvam os moradores de rua na tentativa de dar-lhes uma vida digna, mas da consciência de que se trata, também, de um problema social onde nos cabe avaliar de forma mais consistente partindo de uma visão menos preconceituosa e mais estratégica para melhorar este quadro no intuito de, com essas ações, sermos mais humanos.

Texto por: Pablo Carvalho

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