Quando entramos no assunto de ser jovem e ainda solidário, há de se questionar o porquê desses jovens buscarem essa solidariedade. Seria um “ficar bem” com os pais ou fazer a media para a garota ou carinha da rua? Sinceramente, o porquê dessa solidariedade pouco importa se esta sendo com amor e gosto. Essa visão humanista que os jovens têm mostrado nos últimos anos, estando esses mais engajados em medidas sociais e buscando cada vez mais o bem estar do outro, mostra o quanto os jovens tem para contribuir para o desenvolvimento global e, mais importante, o desenvolvimento humano.
Mas o que é ser jovem, afinal? Partimos da ideia que a juventude é, ao mesmo tempo, uma condição social e um tipo de representação. De um lado há um caráter universal dado pelas transformações do indivíduo numa determinada faixa etária. De outro, há diferentes construções históricas e sociais relacionadas há esse ciclo da vida. De maneira geral, podemos dizer que a entrada da juventude se faz pela fase que é chamada de “adolescência” e é marcada por transformações biológicas, psicológicas e de inserção social. É nesta fase que fisicamente se adquire o poder de procriar, quando a pessoa dá sinais de ter necessidade de menos proteção por parte da família, quando começa a assumir responsabilidades, a buscar a independência e a dar provas de autossuficiência, dentre outros sinais corporais e psicológicos.
Nasce dessa ebulição de estímulos e transformações à vontade, também, de estar presente nas realizações humanas. É provado cientificamente que ser solidário e fazer o bem faz muito bem para o ser humano. As dificuldades que se busca superar, as adversidades para esse ato solidário dar certo e, no final das contas (mesmo sendo por um pequeno passo) tudo correr bem e a pessoa, grupo ou instituição ficarem felizes e agradecidos pela ação solidaria, já é uma grande recompensa e estimulo para esse jovem continuar essa busca pela ajuda ao próximo. Os grandes filósofos humanistas já diziam “fazer o bem faz bem”.
Mas, ao mesmo tempo a construção social da juventude pode se dar de forma muito variada nas diferentes sociedades e em diferentes momentos históricos. Assim, podemos dizer que cada sociedade e cada grupo social lida e representa de maneira diversa esse momento. Essa diversidade se concretiza nas condições sociais (classes sociais), culturais (etnias, identidades religiosas, valores), de gênero, nas regiões geográficas, dentre outros. Por conta disso, há de se notar que os jovens de países de classe media ou baixa demonstram mais vontade de mudança e a busca de ajudar o próximo. Pode-se pensar no fator que esses jovens, estando inseridos nessa realidade e ate muitos passando pelas mesmas, sabem como é difícil crescer e se desenvolver quando não existe uma condição para essa evolução.
No Brasil, por exemplo, o numero de ONGs, grupos solidários (laicos ou religiosos) e de pessoas inseridas em projetos sociais mostra-se imensamente maiores em outros países. Isso mostra o quão importante valorizar essa “solidariedade que brota” nessa juventude do século XXI. É muito diferente a noção do que é o jovem, de como vivencia esta fase e de como é tratado em famílias de classe média ou de camadas populares, em um grande centro urbano ou no meio rural.
Devemos entender a juventude como parte de um processo mais amplo de constituição de sujeitos, mas que tem suas especificidades que marcam a vida de cada um e esses momentos de busca ao voluntariado, de ajudar o outro, é uma marca que vem crescendo gradativamente e que merece, assim como os demais grupos já consolidados, a sua importância e mais uma ajuda para o desenvolvimento desse nosso imenso mundo.
Não tem coisa melhor do que ajudar os que necessitam! Ser solidário também ajuda a estarmos de bem com nós mesmo.
ResponderExcluir