A síndrome do pânico ou transtorno do pânico (síndrome é uma nomenclatura mais popular, sendo o transtorno um termo mais técnico) é caracterizado por ser uma crise aguda de ansiedade. As crises de pânico são entendidas como intensas, repentinas e inesperadas, que provocam nas pessoas sensação de mal estar físico e mental juntamente a um comportamento de fuga do local onde se encontra, seja indo para um pronto socorro, seja buscando ajuda de quem está próximo.
Todos nós temos nossos momentos de ansiedade. Então, o que separa esses momentos de serem um transtorno ou não?
Antes de qualquer coisa, devemos saber que a ansiedade é um sinal de alerta, que permite ao indivíduo ficar atento a um perigo iminente e tomar medidas necessárias para lidar com a ameaça. Em outras palavras, é um sentimento útil. Sem ela estaríamos vulneráveis aos perigos e ao desconhecido. É algo que está presente no desenvolvimento normal, nas mudanças e nas experiências novas e inéditas.
A ansiedade permite a um ator que estreara uma nova peça, que ensaie o suficiente para ter maior segurança e, consequentemente, menor ansiedade; ou, então, que um jovem se prepare demoradamente e com vários detalhes irrelevantes para um encontro amoroso. Após algum tempo, a preparação para o encontro com uma antiga namorada se torna quase desnecessária, já que não há mais ansiedade.
Ter uma reação de pânico caracteriza-se normal quando existe uma situação que favoreça seu surgimento, como um acidente de carro, um assalto ou estar se afogando, por exemplo. O pânico vem se tornar um transtorno quando se cria a fantasia de que existe um perigo, mas sem objeto presente, como o medo de sair de casa pelo fato de que possa acontecer alguma coisa, sem que aja uma explicação consciente para o fato. Diferente de uma fobia, onde existe um objeto fruto do medo, como o medo de barata, cachorro ou altura, uma crise de pânico é medo do que não se sabe objetivar, o que não se pode explicar.
O primeiro ataque de pânico é sempre espontâneo e inesperado. Os sintomas começam de forma crescente, atingindo um máximo em torno de dez minutos e raramente ultrapassa os 30 minutos. Os sintomas mais comuns são: falta de ar, sufocamento ou sensação de asfixia, vertigem, sensação de desmaio, palpitações, tremores, sudorese, náusea, medo de morrer e também medo de enlouquecer.
Atualmente a síndrome acomete muitas pessoas e justamente são as que possuem mania de perfeccionismo e controladoras, que acabam pressionando a si mesmas para que tudo saia bem. Porém, cada vez que a pressão aumenta, a ansiedade aumenta e colabora para enviar o sinal de alerta que o organismo entende como um ataque e se coloca em situação de fuga ou combate.
Muitas vezes são pessoas que na infância se sentiram inseguras, exigidas demasiadamente e tiveram medos. Quando adultas, exigem-se de si mesmas além dos limites e esquecem-se de cuidar de si mesmas, por fim, chegam a um ponto que o corpo já não suporta mais a carga de energia que se concentrou e o sentimento de desproteção que tiveram na infância volta, agora como sintomas do pânico, através de um medo inconsciente e inexplicável, por isso muitas vezes esse medo é irracional e por vezes sem nexo para a pessoa.
Mas a síndrome do pânico tem cura?
Bom, em transtornos de ordem psicológica, não devemos pensar na cura propriamente dita, mas sim em tratamento para uma adaptação e ai uma diminuição dos sintomas, até a pessoa se sentir mais confiante consigo mesma. No caso do transtorno de pânico, o tratamento visa o controle dos ataques, envolvendo medidas na área da psicofarmacoterapia e das psicoterapias.
É importante seguir o tratamento dando importância aos dois fatores, tanto fármaco como o psicoterápico. O tratamento apenas medicamentoso aumenta a chance de recaída em relação aos pacientes tratados, concomitantemente à psicoterapia.
É possível encontrar melhora para o transtorno quando a pessoa pode voltar a sentir-se identificada com seu próprio corpo, influenciando, assim, seus conteúdos internos, podendo interagir com os outros à sua volta e lidando de maneira mais satisfatória com os sentimentos e fatores internos que precipitaram o pânico.
Assim que a pessoa consegue encontrar o equilíbrio entre o racional e o emocional, ela pode lidar melhor com as pressões externas e internas a que forem submetidas e aprende a estar disponível para suportar sua carga dentro dos limites e sentir-se protegida com isso. Saber mais sobre pode ajudar a superar o medo, o embaraço e o ceticismo sobre o tratamento.
Autor: Will Melo
Autor: Will Melo
Uma boa noite Anderson Xavier,
ResponderExcluirMeu nome é Wilson Costa, estudante de psicologia, autor do texto “Transtorno do pânico – O mal da ansiedade” e membro do Grupo Cativação, ao qual você visitou nosso site e leu a matéria citada. Agradeço, em nome de todos os membros do Cativação, sua visita ao nosso site e sua contribuição com seu comentário acrescentando informações importantes para o assunto.
Como você já sabe, Transtorno do Pânico não é um fenômeno simples de escrever, por conta de se ter inúmeras demandas associadas ao mesmo. O intuito do nosso site não é aprofundar e ser muito técnico nos determinados assuntos abordados, mas trazer um apanhado mais geral e uma visão mais humana, referente a cada área. Para o assunto não ficar muito extenso, cansativo e técnico para o leitor, decidimos não abordar o assunto mais especificamente, mas apenas trazer para um entendimento mais pedestre e assim ser melhor entendível ao publico. No nosso site, na aba “Biblioteca”, disponibilizamos alguns artigos e referencias para uma pesquisa mais aprofundada sobre cada assunto tratado por nós.
Visitamos o site que disponibilizastes e vimos como seu trabalho é cuidadoso e que também disponibiliza uma ajuda grandiosa para as pessoas que são acometidas pelo transtorno. Por conta disso, você autoriza que divulguemos, junto com as demais referencias do assunto, o seu site, para que demais pessoas conheçam o trabalho que você disponibiliza para a população que ainda não conhece, que já conhece quer conhecer mais e que também se apresenta com Transtorno do Pânico?
Bom, mais uma vez agradeço, em nome de todos do Grupo Cativação, sua visita e também por ter compartilhado seu conhecimento e acrescentado algumas ressalvas ao nosso texto. Parabéns pelo serviço que vens prestando a sociedade. Que ele cresça e que seja de conhecimento de todos, pois isso que você vem fazendo é um serviço de saúde publica.
Prezados do Grupo Cativação.
ExcluirPodem divulgar o nosso trabalho. Ficaríamos gratos e novamente parabéns pela iniciativa de ajudar as pessoas com o trabalho de vocês.
Anderson Xavier
Coordenador do INSCA Instituto de Saúde Cognitiva Aplicada
http://www.psicologiaaplicada.com.br/sindromedopanico
http://www.insca.com.br/sindromedopanico