
A cidade de três corações, em Minas Gerais,
nunca ficou tão agradecida por servir de berço para ao rei do futebol. Ainda
criança já manifestava a vontade de ser futebolista. Ironicamente o apelido
"Pelé", que serviu para identificar o jogador considerado o maior goleador
de todos os tempos, teve origem num goleiro. Em 1943 o pai de Pelé jogava no
time mineiro do São Lourenço. Pelé, que então tinha três anos, ficava bastante
impressionado com as defesas do goleiro da equipe do pai e gritava:
"Defende Bilé". As pessoas próximas começaram a chamá-lo de
"Bilé". Muitas crianças colegas do garoto Edison tinham dificuldade
em pronunciar "Bilé" e com o tempo o apelido virou "Pelé".
De
infância pobre, Pelé teve uma vida verdadeiramente dura, passou por inúmeras
dificuldades e teve que romper, também, as barreiras do preconceito, porém
nunca desistiu do seu sonho.
Tais dificuldades, talvez, tenham sido um ponto de partida
para moldá-lo como um atleta que não renunciava jamais, não desistia, estava
sempre à procura de mais (basta assistir a qualquer vídeo de Pelé e será
fácil perceber a sua persistência e
força de vontade dentro de campo)
, e para troná-lo
um homem que, por mais dinheiro
e conforto que atingiu, com toda a justiça e mérito, mantinha-se sempre incerto sobre o futuro, como se receasse voltar a não ter a vida
dura da infância, como uma fome
atávica (algo que só aqueles que se sentiram
será capaz de explicar).
Pelé
é saudado como um herói nacional por suas realizações e contribuições ao
futebol sendo aleito embaixador mundial do futebol e recebendo o título de
“Atletas do Século de todos os esportes” por diversos comitês e federações
(incluindo o Comitê Olímpico Internacional e a FIFA). O reconhecimento na época
foi tão extraordinário que foi capaz de parar uma guerra (Guerra civil no CongoBelga - os conflitantes entraram num acordo e a
guerra parou para que o jogo fosse realizado. O Santos acabou realizando duas
partidas na região e a paz reinou no país naqueles dias, sem que nenhum tiro
fosse disparado).
Também
é conhecido pelo seu apoio a políticas públicas para melhorar as condições
sociais dos pobres, tendo inclusive dedicado seu milésimo gol às crianças
pobres brasileiras. Sua luta pela paz, solidariedade e pelos direitos humanos
com sua exposição pública para tratar desses assuntos,
criação e apoio ao Instituto de Pesquisa Pelé – o pequeno príncipe (ajuda crianças e adolescentes prestando serviços de assistência e voltada para
o ensino e a pesquisa) lhe rendeu o reconhecimento da Organização das Nações
Unidas (ONU) em 2011.
Quem é rei nunca perde a majestade não é
mesmo?
"Meu pai sempre me dizia que Deus me deu o dom de jogar
futebol. Isso era um presente, mas que não bastava ser só um grande jogador,
que eu teria que ser também um grande homem, que assim nada poderia me
derrotar.”
Pelé
– Edson Arantes do Nascimento
Texto por: Pablo Carvalho
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Links sugeridos:
- Escola do rei (escolinha de futebol investida por Pelé)
- Instituto Pelé – o pequeno prícipe
De
Edson a Pelé – A infância do Rei em Baurú
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